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Não-violência como sistema operacional de vida

A minha compreensão sobre o que é uma ação não-violenta vem graduando pelo percurso de práticas, como um caminho espiral ascendente, sempre através da reflexão. É pesquisa viva, daquilo que faz sentido agora.

Não-violência na minha perspectiva é a escolha de não rotular, enquadrar e classificar ninguém como certo ou errado. É o entendimento que todo ser vivo quer sobreviver e ficar confortável, que todas as suas ações são tentativas de satisfazer as necessidades humanas. É uma oferta de um caminho diferente do ganhar ou perder, sobre não jogar o jogo de poder... é ver o conflito como oportunidade de checar os valores envolvidos. É a possibilidade de encontrar uma estratégia para atender a todas, criar um chão comum e compartilhar vida. É saber que para atender uma necessidade há inúmeras estratégias, onde os pedidos negados são recebidos de coração aberto, pela convicção de ser possível encontrar outra estratégia isenta de objeções. É sobre acolher a objeção como matéria prima de conhecimento mútuo. Que compreende os sentimentos como estímulos mentais que sinalizam sobre nossos padrões de reação ao prazer, aversão, apego e repulsa. Ao buscar me colocar sobre a perspectiva dos sentimentos, tento nomear as observações, isentas de análises ou opiniões, suspendendo o julgamento... Observar o que sinto e conectar aos valores compartilhados. É a possibilidade de ter ações intencionais de cuidado seja na esfera sistêmica, interpessoal ou apenas comigo mesma.


Quero pontuar que esta é a compreensão que tenho hoje, que valorizo muito a atualização e me sinto desapegada a defender o que digo pelo simples fato de me permitir mudar, rever e reconsiderar. Toda reflexão é bem-vinda!

Além de conseguir escrever para um interlocutor que leia, ter uma mensagem objetiva e no mesmo idioma, o contexto dos envolvidos é fundamental para se ter uma inteligibilidade numa interação, crucial no significado social da conversa. Conexão existe quando é mínima a distância do que eu falo para o que o outro compreende... Faz Sentido?



 
 
 

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